sexta-feira, 27 de março de 2009

E aí? Como é que a gente faz?

A vida surpreende. Não sei qual será a surpresa que me espera amanhã ou qual é o começo, dessa surpresa de amanhã. Sei que não esperava pelo que veio, por esse motivo mantenho um pé no sonho e outro na realidade. A tristeza voltou hoje e sem motivo de novo. Não sei o que anda acontecendo comigo. Me pego pensativo, triste...mas tento pensar em uma frase:" A vida não é fácil, mas é uma só..."

Penso diariamente nessa frase e em como posso fazer com que ela valha a pena. Afinal, se a gente parar e pensar, a vida, mesmo com a possibilidade de reencarnação é uma só. Só serei o Silvestre uma vez. A vida não tem reprise, não é um vale a pena ver de novo... até é, em alguns momentos, mas os personagens mudam, nós mudamos e o mundo continua girando... Por falar em girar, isso me lembra a primeira parte da frase lá de cima: "Não tem como fazer o mundo parar de girar..." Não tem mesmo! Não adianta a gente "tentar" fazer com que o próximo dia não nasça, que a noite dure até o próximo momento em que estaremos preparados para encarar o mundo lá fora... Um dia continua existindo após o outro, tudo é uma "lei natural". E a gente vai vivendo e vai levando, apanhando e caminhando.

Hoje estou vendo tudo de um outro modo. Não sei se estou mais realista ou otimista, mas estou com outro olhar. Estou vivendo, acho que essa é a chave... "Enfiar o pé no acelerador e sair vivendo..." O amanhã ainda vai demorar para nascer, mas o presente, o agora, esse milésimo de segundo é um momento que é único. Tudo bem que todos nós temos afazeres, compromissos, possibilidades, mas o que não podemos deixar de pensar é que temos o presente antes do futuro. Sempre sofri muito. Meu sofrimento era como se a dor fosse ser eterna e o que fazia doer não fosse parar nunca. Um dia descobri que parou de doer... E assim foi com todos os sofrimentos. Acho que já escrevi aqui, que existe uma frase que minha vó dizia: "Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe..."

Não sei qual é a fase que vai se iniciar na minha vida. Não sei qual momento de alegria está por vir. Única coisa que tenho a certeza é que vou tentar crescer com tudo o que venho passando e me fortalecer com cada abraço de apoio, carinho recebido e sorriso de amigos. A vida é feita de conquistas, mas o que são as conquistas se não temos com quem dividir? Fico feliz em saber que existe uma torcida pelo meu sucesso e que estão ao meu lado, não deixando desanimar, nem quando o grito de tristeza é grande. Vamos ter motivos para as lágrimas, tristezas e momentos ruins, é disso que a vida é feita. Somando tudo o que refleti hoje, o pensamento só pode ser um só:
"Não tem como fazer o mundo parar de girar. A vida não é fácil, mas é uma só. E o único jeito que a gente tem é enfiar o pé no acelerador e sair vivendo..."

quinta-feira, 26 de março de 2009

Onde estão as forças?

Estou cansado. Não fiz muita coisa, mas o motivo do desgaste é antigo. Foi complicado perder uma pessoa que era minha referência em caráter e firmeza. Senti, depois de vinte anos, a morte do meu pai. Senti o que é perder alguém que gostamos. Esse tipo de perda nunca tinha vivido antes. Sempre me distanciei das pessoas, seja por qual motivo fosse, mas perder para a morte, essa foi a primeira vez.

Em alguns dias, quase uma semana, terei a missa de um ano de morte da Gigi. Meus amigos conheceram como vó. Sempre me referi assim para eles. Comigo o sentimento sempre foi mais de mãe, protetora, que uma simples avó. A gigi foi meu pai, minha mãe, minha vó. Ela foi uma família inteira, quando precisei e nem sabia que precisava. Meu pai morreu quando tinha dois anos. Não tive noção dessa perda. Ganhei, logo em seguida a gigi. E assim minha vida caminhou... Ano passado ouvi o que tanto temia... A morte é o fim de um elo fisíco, racional, que temos com as pessoas. Não poder falar ou ouvir a voz de quem gostamos é insuportável.

Sei que o tempo está me ajudando na administração disso tudo. Não foi e não está sendo fácil. Quem disse que seria? Viver é uma batalha... Acredito que estou pronto pra guerra, mas ao passar dos dias e de alguns acontecimentos, me vejo despreparado. Acho que no momento não estou preparado para a batalha, mas estou começando a me preparar para o futuro.

Aprendi que fazer planos não está com nada. O dia de hoje, por exemplo. Nada do que aconteceu foi planejado e acabei tendo um final de noite divertido. Com sorrisos e abraços sinceros, apertados e desejados. Quero muito, mas muito mesmo poder sentir as forças necessárias para as mudanças que estão para acontecer na minha vida. Não sei como lidar com muita coisa, mas isso vou aprendendo durante minha jornada.

Estou começando a sentir um medo novo. Acho que estou preparado para gostar de alguém e estar por inteiro nisso. O medo maior vem de achar que essa pessoa possa ter aparecido. Bem, esse papo fica para amanhã. Boa madrugada!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pensamentos...

Hoje não sei o que escrever. Fico pensando no que posso relatar do meu dia. Não visitei nenhum apartamento, mas liguei para alguns e marquei visita. É uma busca complicada... Ao mesmo tempo que não achei o apto, me vejo cercado por caixas e mais caixas. Queria achar o lugar e saber que essa bagunça está para terminar e não apenas começando.

Mas não quero falar sobre apartamentos hoje. Pensei em falar sobre minha felicidade, mas estou normal. Não existe uma felicidade querendo explodir do meu peito, mas também não existe angústia. O fato de me sentir vivo é um grande sentimento, claro! Mas queria ter uma emoção para dividir. Até existe uma, mas essa prefiro guardar e deixar amadurecer.

Prefiro até pular a parte do amadurecer. Muito livro de auto ajuda e não to para essas coisas no momento. Só comecei a perceber a vida com outros olhos. Estou indo até o que quero e quero fazer valer a pena cada minuto e cada momento que idealizo e idealizei isso.

Acho que estou no momento "filosofia de botequim..." melhor dormi....

terça-feira, 24 de março de 2009

A difícil arte de achar a casa certa.

Ficar olhando anúncio em classificado de jornal, ligar, perguntar sobre condomínio, Iptu e detalhes sobre o local ou sobre as condições do aluguel, para finalmente poder marcar uma visita ao apto - quando não visto em fotos na internet - imaginado, sonhado e desenhado em meu pensamento. Essas são as ações que mais tenho executado nos ultimos dias. Além disso, uma das coisas que mais me deixam irritados é quando vamos conhecer o apto e temos que dividir o momento com outras pessoas. (Imagina que você acha o apto ideal para você e observa no olhar da outra pessoa um interesse parecido... fica um certo desespero em relação a isso...Afinal, é o momento da visita que pensamos nos móveis, em como seria morar no local e em todo o resto).

Apesar de estar sendo uma procura cansativa, isso tudo está se mostrando bem positivo. Afinal, é bom querer mudar. As mudanças significativas acontecem quando estamos preparados. Ir para um novo apartamento depois de perder minha vó é um desafio, um novo desafio. A vida é feita disso, não é? Depois da semana que passei, acredito que estar vivo e desejar viver o dia seguinte é um desafio ainda maior. Agradeço por descobrir que na tentativa e no erro é que vamos descobrindo como viver não é fácil, mas achar um apartamento que seja perfeito, também não é.

O sono chegou. Sou todo errado, tento me programar, mas não durmo cedo. Vai entender minha cabeça. Até o próximo post.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Somos Quem Podemos Ser... Sonhos que podemos ter...

Lembro no dia em que perguntei à minha avó qual novela ela lembrava e sentia saudade. Consigo lembrar exatamente o modo como ela me olhou e disse: "Irmãos coragem. Essa novela foi um espetáculo..." Depois ainda perguntei quem era Janete Clair. Minha vó só me respondeu com um sonoro: "A maior novelista desse Brasil."

Racionalmente não sei o que me leva a querer escrever. Quero contar histórias, tocar as pessoas. Fazer algumas pessoas chorarem, rirem ou, até quem sabe, tornar um personagem vivo e imortalizado no imaginário de cada uma delas.

O primeiro livro que comprei sobre novelas, foi uma biografia sobre Janete . Quis começar pela melhor, pela referência no imaginário de quem assistiu novelas e lembra com saudade de todas. Posso continuar falando linhas e mais mil linhas sobre essa mulher que diretamente e indiretamente, mudou a minha vida antes do meu nascimento. Ela acreditava no amor, na paixão... Nas justificativas para alcançar a felicidade e as formas com que a sonhada felicidade era conseguida. Lembro que durante a leitura do livro imaginei várias passagens tornando-se cenas em uma minissérie. Pensei em escrever e enviar para Gilberto Braga ou Glória Perez. - Não pensei em me promover com isso, pensei só na homenagem, no ato de agradecer à quem fez por mim, mesmo sem saber que o ato de escrever, criar tramas paralelas e parar o Brasil, dando 100% de audiência, fossem, um dia mexer com um garoto de quase vinte anos e fizessem dele um sonhador - . Minha ideia não ganhou força e fiz uma ou duas cenas só. Acho que dois ou três anos se passaram e hoje (ontem) eu tive aula de roteiro. E o nosso projeto de microssérie é a biografia de Janete Clair. O mais mágico de tudo isso não é ser um dos colaboradores desse exercício, mas fazer esse homenagem com a neta da Janete.

Sou uma pessoa de poucos ídolos. Um ícone ou outro e só. Janete tem uma força que não consigo explicar. Ela tem uma importância ímpar na minha vida. Quem sabe é um elo, uma ligação que temos em outro tempo, não sei. A única coisa que tenho a certeza é a importância que ela tem para mim. Ter um ídolo e ícone, já morto, é complicado. Ficam os fatos, lembranças das pessoas que ajudam a criar a personalidade de quem não se encontra mais por aqui. A cada vídeo no youtube, leitura de entrevistas ou textos simples, a imagem da Janete fica mais clara.

Reclamei no outro post que só vinha aqui escrever coisas não muito boas ou dividir momentos ruins. Hoje quero dividir esse dia, esse momento de alegria. É algo singular, simples. Algo que está dentro do meu peito e me faz sentir um sonhador.

Antes de vir dividir tudo isso, pensei qual música seria o título do post. Lembrei do refrão de uma música e de como ela me faz sentir. Então, somado a todo meu momento e sentimento. Acredito que a letra dessa música e o domingo que tive, descrevem como me sinto.

"Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter..."


quinta-feira, 19 de março de 2009

(Reze suas preces e não conte com ninguém)

Se tem algo que me irrita toda vez que venho escrever no blog, são as minhas reclamações. Odeio quem reclama muito. Parece que reclamar é a única coisa que se pode fazer. Me encontro em um momento em que reclamar é a única opção que tenho.

Sempre acreditei que o talento era o responsável pela vitória de uma pessoa na vida. Existem os casos em que alguns são indicados para ocupar cargos ou posição dentro de uma empresa. Nunca pensei que isso fosse algo que tomasse o lugar do talento. apenas um "facilitador" para algumas pessoas. (Antes que esse texto pareça amargo. Quero registrar que acredito que muitos venceram e vão vencer pelos talentos que têm. Mas existem pessoas que sem talento e só com o QI ou a oportunidade, antes do merecimento, chegou ou chegaram lá).

Fico nesse momento me questionando. Será mesmo que não existe nada, além de reclamar, que possa ser feito? Então tomei a decisão de pedir. Estamos acostumados com pedintes em ônibus, na rua e esquinas de nossa cidade. Já reparou que também somos pedintes? Sempre que precisamos de alguma ajuda recorremos quem pode nos ajudar ou acreditamos que aquela possoa pode ter o caminho da ajuda que necessitamos. Então, desse modo, pedimos AJUDA, HELP. O que não é muito diferente do cidadão que me pede cinco ou dez centavos para comprar uma quentinha ou um café no botequim. O problema é que eu não conheço ele e a obrigação em ajudar é nula. Claro, que existe a obrigação de ajudar o próximo, mas isso como ser humano, não como amigo que recebe o pedido de "ajudinha" por outro amigo.

Pensei que ao me formar, automaticamente, iria batalhar e conseguir uma colocação profissional bem bacana. Pensei isso e a prática me mostra como a teoria difere de tudo isso. O problema não está só em pensar e agir. O conseguir é o prêmio final e, até o momento, não consegui esse tão sonhado prêmio.

Quero ser autor, escritor, roteirista. Não sei como uma pessoa leiga pode nomear essa profissão, por mim tão sonhada. Sei o que quero dela. Como também sei que hoje a probabilidade de conseguir me tornar um colaborador de um roteirista conhecido é quase que 1%, levando em conta a nula probabilidade disso acontecer, agora, na minha vida. Então vem a minha segunda opção: PRODUTOR. Fiz produção de Rádio e TV, conheci os bastidores, descobri como tudo funciona e procuro me colocar nesse mercado em que vejo as coisas acontecendo e, infelizmente, não faço parte dele.

Hoje não é só a questão de estar triste, mas a teoria de que a emissora em que quero trabalhar, não me quer, fica forte a cada seleção que acontece e não sou convocado. Do que adianta ter estudado, ter toda uma teoria se a prática, ou na prática, tudo muda. Uma norma, não se aplica necessariamente com todas as outras.

Gostaria de ver esperança, onde hoje vejo interrogações. Como também gostaria de ser mais otimista com relação aos acontecimentos da minha vida. Mas nos últimos dias venho sendo bombardeado de pessoas, atos e coisas tristes. O que me leva a concluir que não somos tão fortes como pensamos ser em certos momentos de nossa vida.

terça-feira, 17 de março de 2009