quinta-feira, 19 de março de 2009

(Reze suas preces e não conte com ninguém)

Se tem algo que me irrita toda vez que venho escrever no blog, são as minhas reclamações. Odeio quem reclama muito. Parece que reclamar é a única coisa que se pode fazer. Me encontro em um momento em que reclamar é a única opção que tenho.

Sempre acreditei que o talento era o responsável pela vitória de uma pessoa na vida. Existem os casos em que alguns são indicados para ocupar cargos ou posição dentro de uma empresa. Nunca pensei que isso fosse algo que tomasse o lugar do talento. apenas um "facilitador" para algumas pessoas. (Antes que esse texto pareça amargo. Quero registrar que acredito que muitos venceram e vão vencer pelos talentos que têm. Mas existem pessoas que sem talento e só com o QI ou a oportunidade, antes do merecimento, chegou ou chegaram lá).

Fico nesse momento me questionando. Será mesmo que não existe nada, além de reclamar, que possa ser feito? Então tomei a decisão de pedir. Estamos acostumados com pedintes em ônibus, na rua e esquinas de nossa cidade. Já reparou que também somos pedintes? Sempre que precisamos de alguma ajuda recorremos quem pode nos ajudar ou acreditamos que aquela possoa pode ter o caminho da ajuda que necessitamos. Então, desse modo, pedimos AJUDA, HELP. O que não é muito diferente do cidadão que me pede cinco ou dez centavos para comprar uma quentinha ou um café no botequim. O problema é que eu não conheço ele e a obrigação em ajudar é nula. Claro, que existe a obrigação de ajudar o próximo, mas isso como ser humano, não como amigo que recebe o pedido de "ajudinha" por outro amigo.

Pensei que ao me formar, automaticamente, iria batalhar e conseguir uma colocação profissional bem bacana. Pensei isso e a prática me mostra como a teoria difere de tudo isso. O problema não está só em pensar e agir. O conseguir é o prêmio final e, até o momento, não consegui esse tão sonhado prêmio.

Quero ser autor, escritor, roteirista. Não sei como uma pessoa leiga pode nomear essa profissão, por mim tão sonhada. Sei o que quero dela. Como também sei que hoje a probabilidade de conseguir me tornar um colaborador de um roteirista conhecido é quase que 1%, levando em conta a nula probabilidade disso acontecer, agora, na minha vida. Então vem a minha segunda opção: PRODUTOR. Fiz produção de Rádio e TV, conheci os bastidores, descobri como tudo funciona e procuro me colocar nesse mercado em que vejo as coisas acontecendo e, infelizmente, não faço parte dele.

Hoje não é só a questão de estar triste, mas a teoria de que a emissora em que quero trabalhar, não me quer, fica forte a cada seleção que acontece e não sou convocado. Do que adianta ter estudado, ter toda uma teoria se a prática, ou na prática, tudo muda. Uma norma, não se aplica necessariamente com todas as outras.

Gostaria de ver esperança, onde hoje vejo interrogações. Como também gostaria de ser mais otimista com relação aos acontecimentos da minha vida. Mas nos últimos dias venho sendo bombardeado de pessoas, atos e coisas tristes. O que me leva a concluir que não somos tão fortes como pensamos ser em certos momentos de nossa vida.

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