Hoje eu acordei bem. Tenho acordado bem quase todos os dias nos últimos meses. Hoje não foi diferente. Acordei, tomei meu café costumeiro, entrei na internet e comecei minha jornada; Li um pouco de notícias, soube de fofocas de amigos, apoiei uma decisão de uma amiga que precisava ser tomada e fiz o mais do mesmo. Mas em algum momento, algum ponto que não consigo achar de onde foi que saí, comecei a me sentir triste. Não, não quero falar de tristeza e nem sei bem se foi tristeza o que senti. Fiquei, na verdade, com uma raiva latente, uma raiva interior. Não sei qual foi o motivo da minha raiva e nem o que me fez pensar em escrever sobre isso. Acredito que talvez seja a necessidade de falar para que o sentimento passe.
Me sinto, algumas vezes, impotente diante da vida. Sei a profissão que quero seguir, os amigos que tenho e que gostaria de fazer. Sei o bairro onde quero morar, as viagens que pretendo e quero fazer... Tenho meu mapa dos desejos traçados. Esse mapa, ao mesmo tempo que me da paz, transmite o medo: Será que vou conseguir realizar tudo o que quero? Será que tudo o que quero é o que devo realizar? Me pergunto isso. Tenho medo de estar tomando um rumo da ilusão, mas ao mesmo tempo, não me vejo não fazendo esse percurso.
A dúvida existe? Existe e se faz presente a cada espera. Esperar não é ruim, não deveria ser...Mas é. É horrível ter que esperar, quando o que realmente se quer é agir. É ter uma atitude diante da vida, diante do mundo, diante de tudo.
Queria falar outras coisas, despejar vários pensamentos, mas acho melhor e por hora, deixar todas as dúvidas, nenhuma certeza e milhares de perguntas quietas. Amanhã começo a tentar decifrar todas. Quem sabe essa não é a noite, a primeira noite, que preciso para iniciar o meu caminho?